Newsletter Destino COP30

Além da atuação na Green e na Blue Zone, o Sistema Transporte (CNT, SEST SENAT e ITL) marcará presença na COP30 com a Estação do Desenvolvimento – Transporte, Infraestrutura e Sustentabilidade, espaço voltado à promoção de soluções concretas para a descarbonização não apenas do setor de transporte, mas de todo o setor produtivo. 

A participação do Sistema na conferência reforça o seu compromisso com a agenda climática, por meio de ações como o Programa Despoluir e a Coalizão dos Transportes pela Descarbonização. Empresas e setores interessados podem se tornar parceiros da Estação e integrar o debate sobre o futuro sustentável no Brasil. 

“Representamos um setor transversal, responsável pelo escoamento de toda a produção nacional e pela distribuição de bens e serviços em um país de dimensões continentais. A interdependência do transporte com diversos setores econômicos, como agricultura, indústria e comércio, o posiciona como um vetor fundamental para o desenvolvimento sustentável do Brasil”, diz Vinicius Ladeira, diretor do Sistema Transporte e líder do projeto Transporte na COP30.

Em entrevista exclusiva à newsletter Destino COP30, Vinicius Ladeira fala sobre a presença na Conferência do Clima e destaca como o Sistema pode contribuir para uma agenda climática ambiciosa, porém realista e alinhada à realidade nacional.

“Nosso setor tem a capacidade de impulsionar a inovação, atrair investimentos e promover uma transição ecológica justa, reconhecendo as especificidades e os desafios do contexto brasileiro”, afirma.

Leia a entrevista completa!

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1. Como será a presença do Sistema Transporte na COP30?

A participação do Sistema Transporte na COP30 será consistente, multisetorial e condizente com o protagonismo da agenda climática. Estaremos presentes de forma estratégica tanto na Blue Zone quanto na Green Zone, contudo, nosso foco de atuação será na Estação do Desenvolvimento, um espaço exclusivo e inovador que operará na Estação das Docas, localizada na orla do Rio Guamá (Baía do Guajará), a cerca de 7 km do parque da cidade. Esta localização estratégica visa facilitar o acesso e a interação com um público mais amplo.

Aberta ao público mediante credenciamento, a Estação do Desenvolvimento promoverá um ambiente colaborativo e democrático, reunindo autoridades, órgãos públicos, empresários, especialistas, a academia e a sociedade civil. Nosso propósito é fomentar painéis e debates de alto nível, direcionados à construção de soluções concretas e inovadoras para desafios socioambientais globais, com ênfase em descarbonização e transição energética.

Além do conteúdo programático, a Estação do Desenvolvimento oferecerá experiências interativas e atrações culturais, valorizando a rica cultura local com apresentações de artistas regionais como Fafá de Belém, Trilogia, Dona Onete e Zaynara. 

2. Quais parceiros já se juntaram à iniciativa? 

A Estação do Desenvolvimento já conta com parceiros de renome. Firmamos acordos de cooperação técnica para viabilizar a realização do projeto com o Ministério dos Transportes e o Ministério de Portos e Aeroportos, como co-organizadores da Estação. No campo institucional, temos parcerias com o Pacto Global da ONU (Organização das Nações Unidas), o Instituto Ethos e a ABANI (Associação Brasileira para o Desenvolvimento da Navegação Interior).  

Em destaque, contamos com o patrocínio do Movimento da Infraestrutura (MoveInfra) - grupo formado por empresas como EcoRodovias, Hidrovias do Brasil, Santos Brasil e Ultracargo - com foco em logística e infraestrutura sustentável; ATP (Associação de Terminais Portuários Privados) e ABAC (Associação Brasileira de Armadores de Cabotagem). 

Além disso, estamos dialogando com universidades e centros de pesquisa, assim como com redes internacionais, o que amplia a dimensão técnico-científica da Estação. É importante reforçar que a iniciativa continua aberta a novas parcerias, sejam elas empresariais, institucionais ou acadêmicas, por meio da aquisição de cotas de participação e desenvolvimento conjunto de projetos.

3. Por que o Sistema Transporte terá uma participação tão ativa na COP30?

A participação ativa do Sistema Transporte na COP30 é intrínseca à sua relevância estratégica para a economia nacional. Representamos um setor transversal, responsável pelo escoamento de toda a produção nacional e pela distribuição de bens e serviços em um país de dimensões continentais. A interdependência do transporte com diversos setores econômicos, como agricultura, indústria e comércio, o posiciona como um vetor fundamental para o desenvolvimento sustentável do Brasil.

O Brasil ocupa uma posição singular no cenário internacional por abrigar a maior floresta tropical do planeta, possuir uma das matrizes energéticas mais limpas do mundo e ser referência histórica em biocombustíveis, como o etanol. Além disso, o país desponta como um dos principais players na transição energética global. Essa combinação de ativos naturais, capacidade tecnológica e relevância logística nos confere uma condição privilegiada para propor soluções de descarbonização que conciliem crescimento econômico, inclusão social e preservação ambiental.

Ao assumir uma participação tão ativa na COP30, o Sistema Transporte reafirma que o transporte brasileiro não é apenas parte do problema, mas também parte essencial da solução. Almejamos contribuir para uma agenda climática que seja ambiciosa, porém realista e alinhada à realidade nacional. Nosso setor tem a capacidade de impulsionar a inovação, atrair investimentos e promover uma transição ecológica justa, reconhecendo as especificidades e os desafios do contexto brasileiro.

Estar presente de forma estruturada nas Blue e Green Zones e, simultaneamente, oferecer um ambiente complementar de diálogo e construção como a Estação do Desenvolvimento é a nossa forma de garantir que todo o ecossistema do setor de transporte tenha voz, protagonismo e capacidade de influenciar políticas públicas e compromissos que definirão o futuro desenvolvimento sustentável do transporte no Brasil e no mundo. A COP30 representa uma janela de oportunidade ímpar para solidificar a liderança brasileira na agenda de transporte sustentável.

4. Quais os benefícios e as oportunidades das empresas que optarem por se juntar à iniciativa?

Os parceiros da Estação do Desenvolvimento garantem presença em um espaço exclusivo com ampla visibilidade e influência, posicionado como ponto estratégico para diálogo e articulação de negócios.

Será uma oportunidade de networking qualificado, com a presença confirmada de autoridades públicas, especialistas renomados, lideranças do setor privado e representantes da imprensa nacional e internacional. Essa concentração de stakeholders permitirá aos parceiros construir conexões institucionais relevantes, explorar oportunidades de investimento em projetos de baixo carbono e integrar a agenda climática nacional com a ampla agenda global de sustentabilidade.

A visibilidade na Estação do Desenvolvimento significa não apenas exposição de marca, mas também o posicionamento dos parceiros como líderes e agentes de transformação na agenda de descarbonização, demonstrando compromisso com a sustentabilidade e o futuro do planeta. Essa participação ativa pode gerar valor reputacional significativo e abrir portas para novos mercados e colaborações.

5. Quais são as iniciativas do setor para a descarbonização? 

Não é de hoje que a descarbonização está entre as prioridades do Sistema Transporte. Ao longo dos anos, consolidamos um conjunto de iniciativas que buscam reduzir emissões, promover inovação e apoiar a transição para um modelo de transporte mais limpo e eficiente.

Entre essas iniciativas, destaca-se o Programa Despoluir, que acaba de completar 18 anos e é reconhecido como o maior projeto ambiental privado do setor de transporte no Brasil. Criado em 2007, o programa oferece gratuitamente avaliações ambientais veiculares e monitora a qualidade do diesel distribuído no país. Desde então, já realizou quase 5 milhões de avaliações ambientais, atendendo mais de 27 mil empresas e 28 mil caminhoneiros autônomos, promovendo conscientização, melhoria de desempenho ambiental e redução de poluentes.

Outro marco fundamental dessa atuação é a Coalizão para Descarbonização dos Transportes. Fruto de uma parceria estratégica com o CEBDS (Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável), o Insper e a Motiva, esta iniciativa reúne mais de 50 entidades, incluindo associações, empresas e instituições acadêmicas. Seu objetivo primordial é posicionar o Brasil como protagonista global em mobilidade sustentável. Em 2024, a Coalizão lançou um conjunto de mais de 90 alavancas de descarbonização, capazes de reduzir até 68% das emissões do setor até 2050 e atrair mais de R$ 600 bilhões em investimentos verdes. Essas metas ambiciosas estão alinhadas aos compromissos do Plano Clima e aos objetivos que o Brasil apresentará na COP30.

Adicionalmente, integramos o Hub de Biocombustíveis e Elétricos, criado pelo Pacto Global da ONU – Rede Brasil, como parte da estratégia para a COP30. O Hub funciona como um centro estratégico de articulação, reunindo empresas, governo, academia e instituições financeiras para acelerar a adoção de combustíveis renováveis e a eletrificação no transporte. O Sistema Transporte aderiu ao Programa Pacto Rumo à COP30 e assegurou assento no Comitê Consultivo do Hub, participando de discussões técnicas e formulação de propostas que buscam viabilizar uma transição energética justa, eficiente e financeiramente viável.

Na frente de capacitação e formação profissional, o SEST SENAT atua como um agente transformador para a transição para um transporte de baixo carbono. Oferecemos cursos que incorporam a temática ambiental de forma transversal, abordando desde a condução eficiente até capacitações que dialogam com a geração de empregos verdes, preparando profissionais para atuar em áreas emergentes ligadas à sustentabilidade. Essas iniciativas reconhecem que a descarbonização e o desenvolvimento sustentável também dependem da mudança de comportamento, da capacitação técnica e da qualificação da mão de obra. Ao formar trabalhadores com competências alinhadas às novas demandas do mercado e da agenda climática, o SEST SENAT contribui para que o setor esteja pronto para a transição ecológica.

No âmbito institucional, atuamos de forma articulada para influenciar políticas públicas e fortalecer a agenda de sustentabilidade no país. Mantemos um diálogo direto com o Poder Executivo, defendemos os interesses do setor no Poder Legislativo e no Poder Judiciário, e mobilizamos empresas e entidades por meio de Grupos de Trabalho sobre ESG e transição energética. Esses espaços permanentes de construção coletiva garantem que as demandas e contribuições do setor sejam consideradas nas decisões. Nossa atuação inclui participação ativa na elaboração do Plano Clima, presença constante no CONAMA (Conselho Nacional do Meio Ambiente) e contribuição para o aprimoramento da Taxonomia Sustentável Brasileira, buscando estabelecer critérios que incentivem investimentos em infraestrutura e operações de baixo carbono.

A CNT, como entidade representativa do setor, também impulsiona o conhecimento e a inovação por meio de suas publicações sobre energia e transporte. Esses estudos técnicos aprofundados analisam tendências, desafios e oportunidades na transição energética, fornecendo subsídios para a formulação de políticas e estratégias setoriais. Além disso, a CNT está à frente de projetos estratégicos como o Inventário de Emissões do Transporte, que mapeia e quantifica as emissões do setor, e a Sondagem de Resiliência Climática, que avalia a capacidade de adaptação do transporte frente aos impactos das mudanças climáticas. Essas iniciativas de coleta de dados e análise são cruciais para embasar decisões e direcionar investimentos em ações de descarbonização e adaptação.

Como afirmamos, "o transporte do amanhã começa com as escolhas de hoje". Por isso, nosso trabalho não termina com o encerramento da COP30. A agenda climática seguirá avançando, e queremos estar cada vez mais estruturados para liderar a transformação do setor, unindo competitividade, inovação e responsabilidade socioambiental.


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