Newsletter Destino COP30

A realização da COP30, em Belém (PA), é uma oportunidade para lideranças governamentais e empresariais conhecerem mais sobre o potencial da bioeconomia da Amazônia. O cofundador da Mazô Maná, Marcelo Salazar (foto), defende que além de investimentos financeiros é necessário que a inteligência em negócios encontre os saberes ancestrais.

A Mazô Maná é um negócio de impacto socioambiental que produz suplementos alimentares com ingredientes da Amazônia. O supershake da Mazô Maná tem 13 ingredientes, desde o conhecido açaí até os cogumelos amazônicos.

O negócio nasceu da experiência de três décadas de Salazar na região e a sua visão de que o trabalho conjunto com os povos tradicionais é possível.

Uma das sócias da empresa é Raimunda Rodrigues,  ribeirinha com ascendência indígena, cujo papel é o de manter a empresa em contato constante com as comunidades envolvidas no negócio.

“A Amazônia precisa de uma nova geração de negócios que nasçam na região com foco em resolver problemas socioeconômicos, em gerar conservação e em interromper o desmatamento. Além de dinheiro, é preciso trazer inteligência de negócios e entender aquele ecossistema para trabalhar junto com as populações tradicionais, que entendem da floresta e sabem produzir de forma sustentável. É união de conhecimento.”

O potencial da bioeconomia, segundo Salazar, deve unir produtos e serviços com a geração de créditos de biodiversidade e carbono.

“A bioeconomia tem os produtos e serviços mais palpáveis: a castanha, o cacau, o turismo, os artesanatos. Isso é o que as pessoas pensam quando ouvem bioeconomia. Agora, a economia de serviços socioambientais, dos créditos de biodiversidade e do carbono também deveria ser tratada como parte da bioeconomia.  Há uma desconexão entre as duas. Esses serviços são os que trarão grandes volumes de recursos para a floresta.”

Com esta visão, a Mazô Maná se uniu à Tucum e à Urucuna para criar a casa Aldeia do Empreendedorismo Ancestral, que promoverá encontros entre os participantes da COP30 e empreendedores indígenas.

COP30 como alavanca

Após participar de quatro edições da COP como interlocutor entre povos tradicionais e representantes governamentais, Salazar considera o evento uma oportunidade estratégica para líderes empresariais e da sociedade civil.

“É um evento de alto nível com líderes governamentais do mundo todo, entidades setoriais e de fomento, e a própria sociedade civil organizada. É preciso se preparar, saber o que está sendo discutido, quais são os desafios, quem está nos eventos paralelos, entre outras coisas. Porque é uma oportunidade incrível de ler para onde o mundo está indo e de se conectar com quem está liderando essas mudanças”, conclui.


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